Agora estou curtindo Janis Joplin e uma skolzinha. Um sábado
gostoso me acordou. Espantou o calor de outrora. Em meio a sonhos de amigos da
infância, poderes mentais para previsão do passado, acordei com preguiça,
sabendo que ainda tinha um compromisso. Aula particular. Estou ajudando o filho
de grandes amigos meus. Problema com alfabetização. Voltei a pé pensando que
primeiro eu tenho que me valorizar muito para depois as pessoas me valorizarem.
Sempre tive problema com autoestima. E devo sanar isso. Esse é meu objetivo
esse ano.
E embalado
pela canção Maybe, de Joplin, talvez eu descubra coisas em mim que nunca havia
percebido. Talvez sejam maravilhosas. Talvez sejam empecilhos, no entanto,
preciso me redescobrir. Mesmo quando me escondo.
Eu não
deveria parar de escrever. Eu escrevo tão bem. Mas tenho medo. Tenho medo da
escrita. Muitas pessoas têm. Nas escritas são revelados grandes segredos.
Alguém um dia poderá usar todos os meus segredos contra mim. No entanto, seria
hipocrisia comigo mesmo, um escritor, esconder minha escrita do mundo. Pior é
esconder a mim de mim mesmo.
Tenho
saudade de um corpo no meu corpo. Carícias e afagos. Tenho saudades de uma
namorada, uma amante, uma mulher. Alguém que esteja do outro lado da cama
quando eu acordar. Alguém que me diga o quanto sou especial, o quanto sou
necessário ou essencial. Alguém que me faça ovos fritos ou mousse de limão.
Alguém que me rouba os encantos por meio de sorrisos, alguém que aperte as
pequenas mãos em minhas mãos buscando conforto ou segurança.
Tenho
saudades. E ter saudades deve ser natural, não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário