quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carta pro primo




Cadeião Frederal, 23 de feiveireiro de 2012.

Otroridade me parou na rodovia. Eu por vorta de 80, mais o moço dava cem. Eu disse... mais é 147. Ele entoince confirmou... por isso meismo.
Parado no beirão da pista, o praça achegou e oiou meu artomovei de riba abaixo. Viu carlota, traizera, capó, luminaira, retroivisor e até meu cinto. I eu qüétinho no volanti.
Dispois achegou no meu vrido e pediu os papel. Intreguei. O omim oiou bem, me oiou pra vê se sou u meismo e disse:
- Tu é bunito cabra! Parece in eu!
Agradeci o dotor.
- Guarde e boa viajem!
Pois é primo. Guardei o espeinho da Rita e fui sembora. Entoince fique carmo. Os pacotinho que pediu pra eu levar, ninguém viu. Ta tudo certinho.
Quando cheguei no cadeião dei tudinho pro praça do barcão e incomendei intregar na suas mão. Falei que as pedra não pudia ser intregue pra outro não.
Oia! Fico feliz de ter ajudado.
Mais quando precisar, ve se liga. A fia mi ajudou na carta. Eu ditei pra Ritinha, moça isperta. Ela ta fazenu Letra na faiscuidade.

Até. Nóis si ve.
Anteciozamente
Toinhão

Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/3516075

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